DA JANELA DO AUTOCARRO 74
avisto o que se convencionou chamar uma "tiazorra" (que consiste numa espertalhona, a quem a vida não beneficiou com heranças ou educação, mas que está disposta a chegar ao topo apoiando os bicos afiados dos sapatos nas cabeças de quem for preciso). Lá ia, com o cabelo quase louro ao vento, as argoletas a desafiarem a gravidade, o bronzeado artificial a chupar-lhe a cara comida pela dieta. Isto tudo embrulhado num "tailleur" que um dia (talvez) será pago à loja.
Quem morou nos subúrbios das cidades entenderá melhor do que falo, pois é ali que deambulam, escorrendo baba, os cães vadios.
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